Discordo de que as crianças que gostam de futebol ou futsal devam frequentar as escolinhas desde cedo para aprender a jogá-lo. Ora, é muita pretensão dos professores desse desporto acharem que as crianças aprenderão apenas nas suas escolinhas! Assim como é pretensão achar que aprenderão melhor nas suas escolinhas do que sozinhas, no quintal de suas casas, e/ou com os seus pais, e/ou com colegas de "rua". Pode ser que sim ou não! Da minha parte (e isso não é novidade!), por uma série de motivos, escolinha competente é a que garante um contexto pedagógico similar ao que se encontra fora da escola (de jogos e de brincadeiras). Evidentemente que a escola de desporto deve educar outras coisas, como as atitudes das crianças e proporcionar-lhes experiências, inclusive, para um dia, quem sabe, suportarem as exigências de fases futuras de treino.
Antes que alguém sugira que as crianças que se dão bem no futebol têm um dom (presente divino), afirmarei que não acredito nisso. Acredito na junção de factores genéticos (o que é inato) e culturais (o que é adquirido). Aliás, para quem acredita que fulano "nasceu" para jogar futebol, pense no seguinte: surgimos muito antes do futebol e criamo-lo. Logo, ninguém nasce para jogar futebol, mas para viver, o que inclui, entre outras tantas atitudes, a de jogar futebol.
A experiência e a maturação dizem muito tratando-se de desporto: aos 7 anos em geral apresentar-se-á um modo de se relacionar com a bola (na maior partes dos casos, nada íntimo), com os colegas (nada cooperativo) e com o espaço de jogo (nada racional); será mais refinado, desde que a pedagogia interfira, meses e anos depois. Mais aos 12 anos, mais aos 15 anos, mais aos 25! É para que as pessoas se tornem mais competentes no que fazem, entre outras coisas, que a pedagogia do desporto se justifica.
Luis
1 comentário:
á pois é!!!
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