I
Ontem, faleceu António Feio,
Grande actor e bom humorista,
Homem de saber e arte cheio,
Era mesmo um grande artista!
Homenagens lhe são bem prestadas,
E acho que lhe são merecidas,
Tudo punha em grandes gargalhadas,
Quando, as suas graças, bem dizia!
Hoje, ele, que já está finado,
Todo o povo está mui tristonho,
Com seu, passamento, inusitado,
Tudo ficou triste, compungido,
Por o cancro malvado o ter levado,
Ainda assim tão novo; coitado!...
II
Morreu o António Feio,
Ele que foi um actor cómico,
Por tristeza e, desenleio, infeliz,
Quem o matou foi um cancro,
Que lhe apareceu no pâncreas,
E, mais ou menos, num ano,
O levou para onde quis!...
Paulo Paixão - Sócio Nº24