Bonança, claridade, brilho,
Como sol raiando ao nascer,
Musa ululante de sonho,
Que o povo, à rua, fez sair.
Os bravos arautos; os soldados,
Com os cravos, nas armas, a cintilar,
Ao povo, vão dar, as liberdades,
Porque são eles a, Portugal, libertar.
E Portugal os aclamou
E Portugal os brindou
E Portugal os cantou
E Portugal os louvou
E até, com muito amor,
Os honrou.
Com eles Portugal ressurgia,
Com seu povo libertado,
Da mordaça que o oprimia,
Da corrente que o tolhia
E que, libertá-lo, não queria!
O 25 de Abril foi festa,
Foi liberdade e foi gesta,
Gesta dum povo em guerra,
Qu’a liberdade e a paz, conquista.
O 25 de Abril foi sublime,
Deu ao povo o seu calor
Hoje ninguém o oprime,
Tem, na eleição, seu valor.
Valor que o povo defende,
Porque a democracia o dá,
Manda quem o povo escolhe,
E é quem o povo quer, que está lá.
E, assim, anualmente, há festa,
Porque neste dia é feriado
E o povo foi abençoado,
Pela liberdade que lhe deram,
Os bravos soldados da gesta.
E Portugal agradecido,
Regozija, dança e canta,
Louva os soldados do cravo vermelho
Que guarda na sua lembrança.
E assim, hoje, o povo grita,
Com toda a alma que detêm,
Com sua cabeça bem hirta,
Portugal bons filhos tem!!!
E, viva Portugal; também!!!...
P.A.P.
